quinta-feira, 26 de janeiro de 2012


Conhecem? “Roubei” esta fotografia à Sofia e à Ana, do 7ºC. Frequentam o Clube ESCREVER MAIS. Digam lá se não têm um ar “cool”? Elas são giras e divertidas. A Sofia  queria ser rosa e ter dentes verdes! A Ana lembrou-se de trazer muitos jornais para a sala de aula, quando falámos sobre o texto jornalístico São lindas!
G.R.





DEFINIÇÕES MUITO PRÓPRIAS, REALIDADES ABSTRATAS... ainda..



...porque a Carolina, do 7ºD, escreve muito bem, não teve oportunidade de participar nesta atividade quando os seus colegas do clube o fizeram, mas nós nunca fechamos as portas quando a escrita quer entrar.
G.R. 

Carolina, 7ºD






          Os contos que encantam… Alguns saem devagar, porque têm que ser bem pensados, dão alguns passinhos, recuam, avançam, tropeçam no erro, zangam-se com a vírgula, abraçam o ponto final. Depois criam asas. Pousam em histórias antigas e arrastam personagens passadas para o presente. Arcimboldo, pintor italiano que inspirou o ilustrador da capa do manual do 7ºano, voltou às luzes da ribalta. A Cátia, do 7ºE, ressuscitou-o, pegou-lhe pela mão e conduziu-o por uma história que ela própria inventou. Cruzou o longínquo com o agora, deu vida a um “robô” que chora, ri e lê. Como nos contos populares, nas fábulas, nas parábolas e nas lendas que andamos a estudar, não faltou a lição de moral.
G.R.




 Iguais mas diferentes
   Era uma vez, há muitos, muitos anos, um cientista maluco que vivia com a esposa e o  seu pequeno filho, a quem deram o nome de Arcimboldo.
Arcimboldo era uma criança diferente das outras da sua idade. Era bastante reservado e calado, não brincava. Apesar de ser uma criança muito feliz, não sorria. Mas ele aprendeu a ler muito antes de entrar para a escola. Então andava sempre com muitos livros na mala e passava dias e dias a ler sem dizer uma palavra. Os pais, preocupados, pensaram, pensaram, até que… “plim”! Acendeu-se uma luzinha na cabeça do cientista:
          - E se eu criasse um robô com a mentalidade adequada a uma criança “normal” da idade do nosso filho? Assim ele já tinha com quem brincar e não andaria sempre a ler, para trás e para a frente, feito maluquinho – diz o cientista maluco para a esposa, com o seu sotaque engraçado. A mulher acenou com a cabeça e o cientista iniciou o projeto: “filho de metal”. Pregos para um lado, botões para o outro, um cálculo aqui, outro ali, enfim, o projeto está terminado.
Como Arcimboldo estava quase a fazer anos, os pais decidiram esperar uns dias para lhe apresentarem o seu novo “irmão”. 
Chegou o grande dia: o aniversário de Arcimboldo.
De manhã, Arcimboldo desceu as escadas que davam para a sala e lá estavam sentados os seus pais, que lhe pediram para ele se sentar e largar os livros.
- Coitadinho, qualquer dia fica cegueta! – sussurrou o cusco do vizinho que espreitara pela janela, muito atento.
- Filho, nós temos uma “pessoa” para te apresentar. Achamos que andas muito sozinho e que não páras de ler. Isso até faz mal! – disse a sua mãe, com um ar preocupado.
Nisto, o cientista ausentou-se e apareceu com o seu projeto a que ele  decidiu chamar  Arcinix.
Arcinix: um robô igualzinho a Arcimboldo, mas muito mais infantilizado. Tinha aspeto e mentalidade próprios de uma criança da idade de Arcimboldo. Uma autêntica pessoa: comia, dormia, chorava, ria, tinha sentimentos e nunca estava sozinho, pois tinha sempre as personagens de várias histórias sobre si, como o capuchinho vermelho, a bruxa, o carteiro, entre outras.
Arcimboldo, por muito estranho que pareça, sorriu e foi para o seu quarto com o seu novo irmão. Pegou numa folha, num lápis e numa borracha e pôs-se ao trabalho. Escreveu: «Eu -  sou calado, sombrio e estou sempre a ler, não brinco, não convivo e quase não sorrio. Estou sempre sozinho.
Arcinix-fala pelos cotovelos, brinca, é muito espevitado, convive bastante, está sempre a sorrir e nunca está sozinho, mesmo que queira.
Mas temos uma coisa em comum: gostamos de ler, cada um a sua quantidade. Gosto muito dele. Tenho a certeza de que é com ele que vou passar muitos, mas muitos bons momentos.»
Tinham-se passado cinco anos. Arcimboldo tornara-se uma criança colorida, cheia de vida. Eram irmãos, bons amigos e ainda melhores companheiros.
Lição:
«Nunca devemos julgar um livro pela capa.»


                                                                                                          Cátia Pacheco, 7ºE





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