Conhecem? “Roubei”
esta fotografia à Sofia e à Ana, do 7ºC. Frequentam o Clube ESCREVER MAIS. Digam
lá se não têm um ar “cool”? Elas
são giras e divertidas. A Sofia queria ser rosa e ter dentes verdes! A Ana lembrou-se de trazer muitos jornais para a sala de aula, quando falámos sobre o
texto jornalístico… São lindas!
G.R.
DEFINIÇÕES
MUITO PRÓPRIAS, REALIDADES ABSTRATAS... ainda..
...porque
a Carolina, do 7ºD, escreve muito bem, não teve oportunidade de participar nesta
atividade quando os seus colegas do clube o fizeram, mas nós nunca fechamos as
portas quando a escrita quer entrar.
G.R.
Carolina, 7ºD
Os contos que encantam…
Alguns saem devagar, porque têm que ser bem pensados, dão alguns passinhos,
recuam, avançam, tropeçam no erro, zangam-se com a vírgula, abraçam o ponto
final. Depois criam asas. Pousam em histórias antigas e arrastam personagens passadas
para o presente. Arcimboldo, pintor italiano que inspirou o ilustrador da capa
do manual do 7ºano, voltou às luzes da ribalta. A Cátia, do 7ºE, ressuscitou-o,
pegou-lhe pela mão e conduziu-o por uma história que ela própria inventou.
Cruzou o longínquo com o agora, deu vida a um “robô” que chora, ri e lê. Como
nos contos populares, nas fábulas, nas parábolas e nas lendas que andamos a
estudar, não faltou a lição de moral.
G.R.
Iguais mas diferentes
Era uma vez, há muitos, muitos
anos, um cientista maluco que vivia com a esposa e o seu pequeno filho, a quem
deram o nome de Arcimboldo.
Arcimboldo era uma criança
diferente das outras da sua idade. Era bastante reservado e calado, não
brincava. Apesar de ser uma criança muito feliz, não sorria. Mas ele aprendeu a
ler muito antes de entrar para a escola. Então andava sempre com muitos livros
na mala e passava dias e dias a ler sem dizer
uma palavra. Os pais,
preocupados, pensaram, pensaram, até que… “plim”! Acendeu-se uma luzinha na
cabeça do cientista:
- E se eu criasse um robô com a mentalidade
adequada a uma criança “normal” da idade do nosso filho? Assim ele já tinha com
quem brincar e não andaria sempre a ler, para trás e para a frente, feito
maluquinho – diz o cientista maluco para a esposa, com o seu sotaque engraçado.
A mulher acenou com a cabeça e o cientista iniciou o projeto: “filho de metal”.
Pregos para um lado, botões para o outro, um cálculo aqui, outro ali, enfim, o
projeto está terminado.
Como Arcimboldo estava quase a fazer anos, os
pais decidiram esperar uns dias para lhe apresentarem o seu novo “irmão”.
Chegou o grande dia:
o aniversário de Arcimboldo.
De manhã, Arcimboldo desceu
as escadas que davam para a sala e lá estavam sentados os seus pais,
que lhe pediram para ele se sentar e largar os livros.
- Coitadinho, qualquer dia
fica cegueta! – sussurrou o cusco do vizinho que espreitara pela janela, muito
atento.
- Filho, nós temos uma
“pessoa” para te apresentar. Achamos que andas muito sozinho e que não páras de
ler. Isso até faz mal! – disse a sua mãe, com um ar preocupado.
Nisto, o cientista ausentou-se
e apareceu com o seu projeto a que ele decidiu chamar Arcinix.
Arcinix: um robô igualzinho a
Arcimboldo, mas muito mais infantilizado. Tinha aspeto e mentalidade próprios
de uma criança da idade de Arcimboldo. Uma autêntica pessoa: comia, dormia,
chorava, ria, tinha sentimentos e nunca estava sozinho, pois tinha sempre as
personagens de várias histórias sobre si, como o capuchinho vermelho, a bruxa,
o carteiro, entre outras.
Arcimboldo, por muito
estranho que pareça, sorriu e foi para o seu quarto com o seu novo irmão. Pegou
numa folha, num lápis e numa borracha e pôs-se ao trabalho. Escreveu: «Eu - sou calado, sombrio e estou sempre a ler, não brinco, não convivo e quase não
sorrio. Estou sempre sozinho.
Arcinix-fala
pelos cotovelos, brinca, é muito espevitado, convive bastante, está sempre a
sorrir e nunca está sozinho, mesmo que queira.
Mas temos uma coisa em comum:
gostamos de ler, cada um a sua quantidade. Gosto muito dele. Tenho a certeza de
que é com ele que vou passar muitos, mas muitos bons momentos.»
Tinham-se passado cinco anos. Arcimboldo tornara-se uma criança colorida,
cheia de vida. Eram irmãos, bons amigos e ainda melhores companheiros.
Lição:
«Nunca devemos
julgar um livro pela capa.»
Cátia Pacheco, 7ºE
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