segunda-feira, 22 de abril de 2013

DIA MUNDIAL DA TERRA

O Dia Mundial da Terra foi celebrado pela primeira vez em 1970, criado pelo senador norte-americano Gaylord Nelson, com a finalidade de promover um protesto contra a poluição da Terra.


sexta-feira, 19 de abril de 2013

 
 
A FLOR E O ESPINHO... OBRIGATÓRIO OUVIR

LINDA,LINDA, LINDA… esta música na versão portuguesa dos Soaked Lamb (grupo português) do álbum "Evergreens" de 2012.
A Flor e o Espinho é uma versão de uma canção brasileira com o mesmo nome, da autoria de Alcides Caminha, Guilherme de Brito e Nelson Cavaquinho.
 


 
 
Aqui fica a letra para quem a quiser trautear.
 
 Tira o teu sorriso do caminho
Que eu quero passar com a minha dor
 Hoje para ti eu sou um espinho
 o espinho não magoa a flor
 eu só errei quando juntei minha alma à tua
 O sol não pode viver ao pé da lua
É no espelho que eu vejo a minha mágoa
A minha dor e os meus olhos rasos d'água
 Eu na tua vida já fui uma flor
 hoje sou um espinho no teu amor
 Tira o teu sorriso do caminho
Que eu quero passar com a minha dor
 Hoje para ti eu sou um espinho
 o espinho não magoa a flor
 eu só errei quando juntei minha alma à tua
 O sol não pode viver ao pé da lua
 
Guilherme de Brito/ Nelson Cavaquinho (1957)

quinta-feira, 18 de abril de 2013


Já tive um carro da cor dos teus olhos (…)
 
 
 Esperava por semáforos, sem saber que esperava
 apenas por ti. No autorrádio, a tua voz cantava
 fados demasiado velhos até para a minha mãe.
 
 A segunda circular era uma manifestação pacífica
 de para-brisas, as palavras de ordem eram simples
 porque ainda não sabia que já me tinhas escolhido.
 
 Quando os outros rapazes folheavam revistas de
 carros nas aulas de matemática, eu apenas me
 interessava por unicórnios e farmácias abandonadas.
 
 Agora os meus olhos contam quilómetros nos teus,
 procuro papéis entre os papéis do guarda-luvas e
 tenho tanto medo que me vendas em segunda mão.
 
José Luís Peixoto
in «Gaveta dos Papéis»,
Quasi, Vila Nova de Famalicão, 2008


terça-feira, 16 de abril de 2013




Mais uma carta formal! Desta vez escrita pela Bruna Silva, do 8ºC.


Remetente: Dr. Miguel Tavares

Endereço: Rua Nossa Senhora do Além, nº99 8800-549 Carnaxide



Destinatário: Sr. Joaquim Peres

Dubai Shopping

Avenida Direita, nº4 8700-404 Carnaxide


Hospital da Luz, 8 de Abril de 2013-04-16

 
Assunto: Pedido de permissão para o visionamento de jogos de futebol por parte dos mendigos.
Excelentíssimo Senhor,
Eu, Miguel Tavares, médico no Hospital da Luz, venho por este meio expor as minhas preocupações pelo facto de os mendigos, mais propriamente Sexta – Feira, terem sido fortemente agredidos pelas forças policiais devido a estarem a assistir a jogos de futebol na sua montra.                                                                                                                                  
Eu conheci Sexta – Feira no hospital, foi meu paciente, e encontrava-se muito maltratado, pois tinha sido agredido, assim como os restantes mendigos.               
Apelo ao seu bom senso e generosidade e, por favor, permita aos mendigos um simples momento de emoção e entretenimento. Estou a escrever-lhe porque me foi pedido por Sexta – Feira. Os mendigos vivem sem condições algumas e um simples jogo de futebol é um “sonho”, uma “nova vida adquirida”. Na minha opinião, todos ficavam a ganhar, pois os mendigos assistiam aos jogos e o senhor ganharia a “ fama” de pessoa generosa aos olhos dos seus clientes. Aliás, já falei com Sexta – Feira e os outros mendigos e estamos todos de acordo no seguinte: o senhor marca uma hora por semana para os mendigos assistirem aos jogos e, assim, ninguém é prejudicado.
 
Atenciosamente

Miguel Tavares
   
      Bruna Silva, nº4, 8ºC

domingo, 14 de abril de 2013


“Meus filhos terão computadores, sim, mas antes terão livros. Sem livros, sem leitura, os nossos filhos serão incapazes de escrever -  inclusive a sua própria  história.” Bill Gates


sexta-feira, 12 de abril de 2013



        Após a leitura e análise do conto "O mendigo Sexta-Feira jogando no Mundial" de Mia Couto,os alunos do  8º ano  redigiram uma carta, proposta de escrita apresentada no manual. Obedecendo à estrutura da carta formal, a Ana Costa, do 8ºC, redigiu a sua desta maneira:
 
 
 
Dr. Carlos Fonseca
Hospital Local, Rua Amarela, Lisboa, Portugal
Sr. Livramento Silva
Dubai Shopping
Avenida Direita
Lisboa, 28 de janeiro de 2013
 
Assunto: Pedido de permissão para o visionamento de futebol nas televisões do Dubai Shopping
Excelentíssimo Senhor,
É com muito gosto que me apresento. Sou um médico do Hospital Local de Lisboa, na Rua Amarela e chamo-me Carlos Fonseca. Nestas circunstâncias, visto que sou médico, conheci um mendigo chamado Sexta-Feira que, confesso, já é cliente habitual lá no Hospital.
Sexta-Feira pede-lhe por todos os mendigos que os deixem permanecer em frente à montra do Dubai Shopping, visto que estes não têm nada de bom na vida exceto os jogos de futebol que passam nas suas televisões. Os mendigos precisam da nossa ajuda, precisam da solidariedade das pessoas para se alimentarem e se abrigarem, não esquecendo de dar-lhes carinho. Também tive conhecimento dos maus tratos que se têm dado por parte do Senhor Livramento Silva, que solicitou as autoridades para afastar os mendigos de perto da sua loja.
Para que se resolva essa situação sugiro que, para além de passar a deixar os pobres mendigos verem o futebol nas suas televisões, também realizasse uma campanha de solidariedade que apelasse às pessoas para serem mais solidárias e carinhosas e ainda que as fizesse perceber que os que não têm nada são iguais aos que têm tudo, mas precisam de mais atenção. E assim finalizo esta carta… agradecendo a sua  atenção!
Respeitosamente,
Carlos Fonseca
Médico
 
Ana Costa
Nº: 1
Ano/Turma: 8ºC
Luísa Sobral...e é portuguesa.


domingo, 7 de abril de 2013

 
 
 
 Poema lido por FILIPA LEAL, no dia 24.3.2013, no Centro Cultural de Belém. A mãe morreu no dia 21 de março, dia mundial da poesia. E ela escreveu este poema…lindíssimo.
 
“E as mães são cada vez mais belas.
Pensam os filhos que elas levitam.”
                                  Herberto Helder
 
OS MEUS PRIMEIROS PASSOS EM VOLTA
 
 Amo devagar o poeta que tem um cão que tinha um marinheiro.
 Pergunto-me se o poeta terá cinco dedos de cada lado, como eu.
Pergunto-me se o cão algum dia se fez ao mar, depois da morte do marinheiro.
 Pergunto-me se envelhecer é sair de casa com os olhos contentes de pão e açúcar
e chegar atrasado, anos depois, ao fim. O luto, Herberto.
(Não o luto do cão – o meu.)
O luto em Lisboa ou no Porto, o luto em Israel ou na Palestina,
 o luto é igual, deve ser igual, na tua rua e na minha.
Ouve, Herberto: era Dia Mundial da Poesia. Eu tinha ido ao cabeleireiro.
 Vesti-me de preto e calcei aqueles sapatos de tacão alto. Eu ia de cabelo esticado.
Eu ia maquilhada e feliz. Ia de preto mas ia-me esquecendo da morte.
(Aos 33 anos, eu ia imortal.)
 Quando o telefone tocou, como nos filmes, disseram-me que era urgente.
Estava a vinte minutos de subir ao palco com o meu poema, mas era urgente.
Estava a vinte minutos do fim da minha juventude, porque era urgente.
O luto, Herberto.
 Tão urgente que só pode ser mentira, ou ficção, ou poesia.
 Todos tão vivos naquele dia. E ninguém há-de morrer se levamos sapatos de tacão.
 Não é possível tanta inabilidade para a corrida.
Não é possível tanta falta de Mãe.
 
Se eu quisesse, Herberto, enlouquecia.
 
Por isso hoje venho apenas perguntar-te se o teu cão se fez ao mar.
 Diz-me que ele se fez ao mar.



FILIPA LEAL

(O poema tem passagens de poemas de Herberto Helder, dos livros Os Passos em Volta (“Cães, Marinheiros”; “Estilo”) e Ofício Cantante – Poesia Completa (“Aos amigos”, de «Lugar»; “Fonte”, de «A Colher na Boca»).
 


  
 
NOS DIAS TRISTES NÃO SE FALA DE AVES

Nos dias tristes não se fala de aves.
Liga-se aos amigos e eles não estão
e depois pede-se lume na rua
como quem pede um coração
novinho em folha.
 

Nos dias tristes é inverno
e anda-se ao frio de cigarro na mão
a queimar o vento e diz-se
- bom dia!
às pessoas que passam
depois de já terem passado
e de não termos reparado nisso.
 

Nos dias tristes fala-se sozinho
e há sempre uma ave que pousa
no cimo das coisas
em vez de nos pousar no coração
e não fala connosco.

 
                                       FILIPA LEAL (n. 1979)
(do livro «A cidade líquida e outras texturas» - Deriva Editores, Porto/2006)



sábado, 6 de abril de 2013

  Assisti, na RTP2, no programa "Bairro Alto", a uma entrevista feita a esta poetisa jornalista. Falou, de uma forma fascinante, sobre poesia. Merece um destaque especial.
G.R.
 

Filipa Leal
 
 Filipa Leal nasceu no Porto em 1979. Formou-se em Jornalismo na Universidade de Westminster, em Londres, e concluiu o Mestrado em Estudos Portugueses e Brasileiros pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto (onde apresentou a dissertação sobre os «Aspetos do cómico na poesia de Alexandre O’Neill, Adília Lopes e Jorge de Sousa Braga»). Jornalista cultural, é de salientar a sua colaboração no suplemento «das Artes, das Letras» de O Primeiro de Janeiro, para o qual já entrevistou diversas figuras de destaque da literatura portuguesa e estrangeira. Recitadora e locutora, colabora regularmente com o Teatro do Campo Alegre, no ciclo «Quintas de Leitura», e integra o coletivo poético «Caixa Geral de Despojos». Participa nos Seminários de Tradução Coletiva de Poesia da Fundação da Casa de Mateus. Publicou LUA-POLAROID (ficção), 2003, Corpos Editora, e TALVEZ OS LÍRIOS COMPREENDAM (poesia), 2004, Cadernos do Campo Alegre.

terça-feira, 2 de abril de 2013

O Dia Internacional do Livro Infantil celebra-se anualmente no dia 2 de Abril.
Esta data é celebrada por iniciativa do Conselho Internacional sobre Literatura para os Jovens (IBBY), que em Portugal é representada pela Associação Portuguesa para a Promoção do Livro Infantil e Juvenil (APPLIJ).
O IBBY criou o Dia Internacional do Livro Infantil em 1967, para homenagear o escritor dinamarquês Hans Christian Andersen, (autor de algumas das histórias para crianças mais lidas em todo o mundo), cujo aniversário do nascimento é assinalado a 2 de abril.