Os alunos do 8ºC tentaram produzir textos argumentativos (tiveram alguma dificuldade em respeitar a estrutura e as características desta tipologia textual) a partir da análise do conto “A fuga de Polichinelo” de Gianni Rodari. Foi-lhes lançada a seguinte questão:
Será que Polichinelo tomou a decisão certa ao abandonar a sua vida segura em nome da liberdade? Terá este sido um ato responsável?
Eis o texto que o Tomás Bravo redigiu:
Na minha opinião, Polichinelo…
Na minha opinião, Polichinelo tomou uma decisão bastante acertada, pois, apesar de ser um “boneco de pau amarrado” que, como o texto referia, era uma marioneta com vida, teve coragem de deixar a sua vida infeliz, embora segura, e procurar a liberdade.
Além disso, Polichinelo era sujeito a desagradáveis comportamentos por parte de alguns dos seus colegas.
Já imaginaram se um de nós estivesse amarrado a cordas, sujeitos a sermos comandados por outro mais poderoso do que nós, sem liberdade de expressão e sem conhecer uma vida senão esta? Seria um desconforto total! Logo, se esta fosse a minha situação, eu também estaria disposto a lutar pela liberdade.
No entanto, acho que este foi um ato responsável, por um lado, mas irresponsável, por outro.
Por um lado, Polichinelo foi irresponsável, pois acho que deveria saber mais sobre o mundo real, antes de se aventurar nele.
Por outro lado, foi responsável, pois tentou sobreviver, enganando os gatos e alimentando-se das flores de um jardim.
Também, na fase final da obra, é referido que no local onde Polichinelo se encontra nasceu um cravo. O cravo é a flor que simboliza a liberdade, pois está associada à Revolução de Abril ou, como alguns dizem, Revolução dos Cravos. Desta maneira, Polichinelo deixou de se sentir “amarrado”, pois da sua cabeça já não saía um fio de marioneta, mas sim um cravo livre.
Depois disto, posso concluir que Polichinelo tomou uma boa decisão, a qual o fez feliz demonstrando muita força de vontade e um grande valor. Embora tenha passado por enormes dificuldades, nunca abandonou o seu objetivo de ser livre lutando sempre, motivo pelo qual merece a nossa admiração, pois nem sempre é fácil seguirmos os nossos ideais sem desistirmos.
Tomás Bravo, 8ºC
E o texto da Rita...
Na minha opinião, Polichinelo tomou a decisão certa ao abandonar o teatro, pois o seu sonho era ter liberdade e “andar pelo seu próprio pé”.
Em primeiro lugar, Polichinelo estava, de certo modo, acorrentado a uma vida que ele próprio quase desprezava. Tinha sempre algum protesto a fazer, por exemplo, não lhe agradavam os papéis que lhe eram atribuídos e na hora da apresentação ele preferia passear. Em segundo lugar, ele sonhava com a liberdade, como já foi referido (“poder andar pelo seu próprio pé”), sendo esta a razão que levou Polichinelo a cortar os fios que o prendiam àquela vida.
Talvez a personagem não tivesse tido um ato muito responsável, pois perdeu o conforto, a segurança e o luxo que tinha dentro do teatro, mas conquistou a felicidade, aquilo com que sempre havia sonhado.
Em suma, Polichinelo tomou a decisão acertada, pois foi para a sua felicidade e para poder ter liberdade.
Rita Sena, 8ºC
Também foram apresentadas biografias de autores portugueses e estrangeiros.
Bruna Silva, Cláudia Faria e Tomás Bravo - 8ºC