domingo, 25 de novembro de 2012


"Viver é uma das coisas mais difíceis do mundo. A maioria das pessoas limita-se a existir!"

Hoje é Dia Internacional de Luta contra a Violência sobre a Mulher



O Mundo assinala hoje, 25 de novembro, o Dia Internacional de Luta contra a Violência sobre a Mulher, instituído em 1999 pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Em 25 de novembro de 1991 teve início a Campanha Mundial pelos Direitos Humanos das Mulheres, sob a coordenação do Centro de Liderança Global da Mulher, que propôs, anualmente, 16 Dias de Ativismo contra a Violência sobre as Mulheres.
A violência conjugal tem forte impacto sobre a saúde física e mental das mulheres. Os atos ou ameaças de violência infundem medo e insegurança. As mulheres têm medo por causa do poder dos homens, em particular dos maridos, e este próprio medo serve para justificar o poder.
A violência doméstica, nas suas manifestações física, sexual e psicológica, é um problema de saúde pública, relevante pela magnitude do número de vítimas, bem como pela enorme quantidade de recursos despendidos.
As mulheres agredidas tendem a ser menos produtivas. Faltam mais ao serviço, apresentam dificuldade de concentração e desenvolvem uma baixa autoestima. Estão também mais propensas à depressão e ao “stress”.
O Banco Mundial (BM) estima que, em termos médios, um em cada cinco dias de absentismo do trabalho feminino decorre da violência.
Em vários países, começaram a ser postas em prática políticas públicas destinadas a enfrentar este flagelo social. Mas as respostas ao problema da violência doméstica, no tocante às políticas públicas, são ainda insuficientes.
A violência contra a mulher é um problema complexo que não se resolverá de forma simplista. Encontrar soluções representa um enorme desafio para o movimento feminista, para as mulheres em geral e para todos os segmentos da sociedade.
Tal como o problema do racismo é um problema de todos e de nenhuma raça em particular, também o problema da violência contra a mulher é um problema de todos e não apenas das mulheres.
A violência contra a mulher é, também, um problema de saúde pública. O reconhecimento deste facto implica a qualificação e formação dos profissionais de saúde para enfrentarem este problema.
Na área educacional, é preciso lutar por uma educação não sexista. É preciso incentivar a elaboração de livros, de unidades didáticas, que explicitem as contradições de género e combatam as discriminações.
Os docentes e outro pessoal com trabalho nas escolas devem ter qualificação e formação que lhes permita não terem comportamentos sexistas e contrariarem tais comportamentos nos alunos.
Finalmente, torna-se necessário travar uma luta, em todas as frentes, contra os preconceitos, estereótipos e tabus que contribuem para difundir uma visão de subalternidade da mulher e, desse modo, legitimar a violência.
É assegurada a legitimidade de queixa ou denúncia à vítima e a todo o cidadão que tenha conhecimento de factos que consubstanciem violência doméstica, ou seja, esta prática constitui crime público.
É urgente acabar com este drama. Um drama silencioso, envergonhado, desesperado, mortal e, infelizmente, crescente.



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