FALANDO
SOBRE LIBERDADE
“ Nunca
se pode concordar em rastejar, quando se sente ímpeto de voar."
Helen Keller
"Quanto mais se está no alto, menos se é livre."
Cayo
Salústio
"É livre a pessoa se pode avançar abertamente sem ter de
utilizar artimanhas."
Espinoza
“A liberdade só existe quando todos os nossos atos concordam com
todo o nosso pensamento."
Agostinho da Silva
“O homem nasceu livre, e em todos os lugares ele está
acorrentado.”
Jean Jacques Rousseau
“Nenhum pássaro voa mais
alto do que com as suas próprias asas. “
William
Blake
"Todo o homem que se vende recebe muito mais do que
vale."
Barão de Itararé
“Todos nascemos originais e morreremos cópias. “
Carl
Gustav Jung
Poema dum funcionário cansado
A noite trocou-me os
sonhos e as mãos
dispersou-me os amigos
tenho o coração
confundido e a rua é estreita
estreita em cada passo
as casas engolem-nos
sumimo-nos
estou num quarto só num
quarto só
com os sonhos trocados
com toda a vida às
avessas a arder num quarto só
Sou um funcionário
apagado
um funcionário triste
a minha alma não
acompanha a minha mão
Débito e Crédito Débito
e Crédito
a minha alma não dança
com os números
tento escondê-la
envergonhado
o chefe apanhou-me com
o olho lírico na gaiola do quintal em frente
e debitou-me na minha
conta de empregado
Sou um funcionário
cansado dum dia exemplar
Por que não me sinto
orgulhoso de ter cumprido o meu dever?
Por que me sinto
irremediavelmente perdido no meu cansaço
Soletro velhas palavras
generosas
Flor rapariga amigo
menino
irmão beijo namorada
mãe estrela música
São as palavras
cruzadas do meu sonho
palavras soterradas na
prisão da minha vida
isto todas as noites do
mundo numa só noite comprida
num quarto só
António Ramos Rosa
“Quem a tem..."
Não
hei de morrer sem saber
Qual a
cor da liberdade.
Eu não
posso senão ser
Desta
terra em que nasci.
Embora
ao mundo pertença
E
sempre a verdade vença,
Qual
será ser livre aqui,
Não
hei de morrer sem saber.
Trocaram
tudo em maldade,
É quase
um crime viver.
Mas
embora escondam tudo
E me
queiram cego e mudo,
Não
hei de morrer sem saber
Qual a
cor da liberdade.
Jorge de Sena, Fidelidade
Conquista
Livre não
sou, que nem a própria vida
Mo consente.
Mas a minha
aguerrida
Teimosia
É quebrar
dia a dia
Um grilhão
da corrente.
Livre não
sou, mas quero a liberdade.
Trago-a
dentro de mim como um destino.
E vão lá
desdizer o sonho do menino
Que se
afogou e flutua
Entre
nenúfares de serenidade
Depois de
ter a lua!
Miguel Torga
A
LIBERDADE EXPLICADA ÀS CRIANÇAS
Sabes o que é a liberdade? Sabes o que é ser livre? Tu és livre?
Porquê?
A leitura deste livro não só explica o que é a liberdade mas
também conta um pouco das imensas e longas lutas dos homens para conquistarem,
defenderem ou recuperarem a liberdade, através dos tempos. Ficarás a saber que
o direito à liberdade é uma condição essencial do ser humano. Mas ter liberdade
não significa ter o direito de fazer tudo o que apetece a qualquer um. Ninguém
tem o direito de fazer uma coisa que vai contra a liberdade de uma outra
pessoa, a liberdade de cada um não pode nem deve afetar a liberdade dos outros.
É este o grande limite da liberdade de cada um de nós, da liberdade de cada
indivíduo.
De realçar que o fundo da ilustração da capa é um pormenor do
celebérrimo quadro "La Liberté Guidant le Peuple" de Eugène
Delacroix, que pode ser apreciado no Museu do Louvre, Paris.
UMA CURTA VIAGEM PELA DÉCADA DE 70
MODA ANOS 70
A geração hippie dos anos 70 influenciou na moda, valorizando
peças despojadas e explorando o colorido das estampas. O visual Black Power tornou-se
conhecido, o movimento punk começou a
ganhar forma e personalidades da música
e do cinema exerceram influência no figurino das pessoas.
Os anos 60 ficaram na memória
como a grande época da revolução da juventude, enquanto os anos 70 se
destacaram pela sua irregularidade, não tendo um perfil definido. Foram tudo
menos calmos, pois nesta década prosseguiram as transformações em grande
escala. A libertação sexual, as experiências com as drogas ou a reclamação dos
direitos das mulheres – tudo deixou de ser um programa de minorias, sendo
aceite e levado à prática pelas grandes massas.
Antimoda era palavra-chave. Desde
as calças boca-de-sino, aos trajes de algodão barato, tudo era permitido. Até
os trajes de alta costura, tudo era permitido, desde que não tivesse um aspeto
normal. O que tornava difícil alguém se vestir. Em caso de dúvida, as pessoas
decidiram-se pelas calças de ganga (jeans),
que se havia transformado no uniforme dos não conformistas – e quem é que não
queria fazer parte deles no início dos anos 70?
OS PENTEADOS DOS ANOS 70
Fita na testa. As
revolucionárias usavam também lenços de padrões ou entrançados.
Afro. As mulheres lutavam contra o racismo e queriam ter
carapinha.
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DA ÉPOCA
Os vossos pais e avós lembram-se, com certeza, destes
anúncios na publicidade.
BANDA DESENHADA
MÚSICA
G.R.
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