DANÇA
A maior
coreógrafa do mundo está em Portugal
A belga Anne Teresa de
Keersmaeker, que está no topo da dança contemporânea, é artista residente em
Portugal durante dez meses. Os teatros de Lisboa recebem a retrospetiva do seu trabalho
até Novembro. Fundadora da companhia Rosas, quem vive em Lisboa poderá
assistir a onze bailados seus.
De Fevereiro a Dezembro, o espectador vai poder
percorrer 30 anos de coreografias. Anne Teresa De Keersmaeker irá apresentar-se
no Centro Cultural de Belém (CCB), na Culturgest, no festival Alkantara e Temps
d´Images, nos teatros Maria Matos e São Luiz, na Gulbenkian, na EGEAC, Museu do
Chiado e Companhia Nacional de Bailado (CNB).
O ciclo abriu no CCB, a 3 de Fevereiro, com as quatro primeiras peças «Fase, four movements to the music of Steve Reich» (1982), «Rosas danst Rosas» (1983), «Elena´s Aria» (1984) e «Bártok/Mikrokosmos» (1987), que deram origem ao que Mark Deputter, programador do Maria Matos, chamou «desejo pela vida».
Numa conferência de imprensa no espaço Carpe Diem, em Lisboa, a artista assumiu que «a música e o ritmo são referências essenciais para o seu trabalho», falando numa «dualidade indissociável entre o movimento e a música».
O ciclo abriu no CCB, a 3 de Fevereiro, com as quatro primeiras peças «Fase, four movements to the music of Steve Reich» (1982), «Rosas danst Rosas» (1983), «Elena´s Aria» (1984) e «Bártok/Mikrokosmos» (1987), que deram origem ao que Mark Deputter, programador do Maria Matos, chamou «desejo pela vida».
Numa conferência de imprensa no espaço Carpe Diem, em Lisboa, a artista assumiu que «a música e o ritmo são referências essenciais para o seu trabalho», falando numa «dualidade indissociável entre o movimento e a música».
A cenografia dos seus espetáculos «representa uma
fantasia», recorrendo a objetos especiais, cadeiras, cortinas, diferentes
texturas, padrões geométricos, mas apenas evidentes «para um olho mais
treinado». Isto porque, para a coreógrafa, o fulcral é encontrar «o seu próprio
vocabulário», focando-se no corpo e sempre com a premissa de que tudo o que é
desnecessário deve ser colocado de lado. Sempre que pode, corta com o
prescindível e explora o centro do movimento, «sem extras, sem malabarismos».
A coreógrafa, que nesta estadia por Lisboa
trouxe elementos de trabalhos anteriores, recuperou-os e cruzou-os com outros
mais recentes, confessou que privilegia o trabalho com dançarinos mais
inexperientes, estudantes, que lhe apresentam novas técnicas e movimentos que
considera «fascinantes».
A dançarina, que se diz sempre rodeada de
especialistas em música, gosta de saber como determinado tema foi concebido.
«Roubo muito à música, porque esta provoca-me», concluiu.
«Roubo muito à música, porque esta provoca-me», concluiu.
G.R.
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