sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Ora estava eu um dia no meu facebook, quando vejo à minha frente um espelho muito estranho e, com a minha curiosidade, entrei lá dentro. Havia um mundo muito diferente do habitual. Nós vivíamos nas nuvens e com pouca gravidade balançávamos de um lado para o outro. As nossas casas eram feitas de gelo, mas um gelo diferente dos outros, um gelo quente. Nas nuvens também se pode cultivar, mas só se cultivava duas frutas- a romã e a azeitona. Só se cultivava um legume- a cebola. Só se cultivava um cereal- o trigo. Havia pequenos lagos onde se podia pescar, mas só existiam dois peixes- o tamboril e o robalo. Só se criavam dois animais- o porco e o pato. Só existia uma planta- o linho. A moeda deste país era a balva.
Existia uma pequena igreja com sinos de ouro, pois era o único metal que lá existia. A temperatura era fria; o prato mais confecionado era pato frito com molho de romã. As profissões mais praticadas eram tecelão e tintureiro, pois quem o era tinha dinheiro. O rei deste “país” era Dom Braçadas de Lebre I. Este “país” era a Nuvenlandia.
Durante o meu passeio conheci três nobres e o Bispo: D. Alberto das Teixeiras-Marquês da Romã, D. Joaquim de Albuquerque-Alcaide da Cebola, D. Gustavo Gomes- Conde da Azeitona e o Bispo D. Francisco Rosa. Pediram-me para os ajudar, pois o rei D. Braçadas de Lebre estava com uma doença muito grave. Eu analisei-o muito bem e vi que ele estava com gripe A. Rapidamente voltei ao meu mundo para trazer para o rei uma vacina. Atravessei o espelho com a seringa, corri pelos corredores do palácio d’el rei e injetei-lhe pelo sangue dentro aquele líquido miraculoso. Ao fim de três horas o rei estava curado e concedeu-me o cargo de Duque do Linho Branco. Passei a ser D. Tomás Bravo. El-rei concedeu-me inúmeros terrenos e fez uma estátua minha na praça da igreja.
Espero que tenham gostado desta viagem, pois acho que nunca mais voltarei lá.

Tomás Bravo, 7ºC


Naquela manhã primaveril, estava eu a pentear os meus longos cabelos loiros em frente ao meu espelho, quando um raio de sol entrou pela janela e embateu no meu espelho que deixou, estranhamente, de refletir. Que coisa tão estranha!...Toquei então levemente no espelho, que me levou a um universo paralelo, um local onde tudo era enorme, gigantesco, e eu era apenas uma simples bonequinha pequenina, numa enorme casa de bonecas à minha medida. Eu estava no quarto da casinha de bonecas onde havia um guarda-vestidos, uma mesinha de cabeceira de madeira e uma caminha pequenina. Ligado ao quarto estava uma casa de banho com banheira. Também havia uma cozinha e uma sala no piso de baixo. Eu estava vestida com um vestidinho rosa, uns sapatinhos e uns totós. De repente, ouvi passos, voltei para o quarto no piso de cima e na porta apareceu uma menina gigante. Devia ter uns seis anos, estava vestida com um alegre vestido. Dirigiu-se à casa de bonecas, pegou em mim e disse:
- Vamos lá, preguiçosas! Está na hora do chá!
   Colocou-me em cima de uma mesa gigante no seu quarto cor-de-rosa. Por todo o lado havia florezinhas e peluches, bonecas e uma arca cheia de brinquedos. À volta da mesa colocou outros bonecos e distribuiu o chá em cada chávena.
   Quando a mãe a chamou para ir lanchar, um grande urso de peluche aproximou-se e perguntou:
- Quem és tu? De onde vieste?
- Eu sou a Beatriz, e vim de outro mundo, um mundo onde eu sou grande. Vim através do espelho do meu quarto e não faço ideia como hei de voltar.
- Ah! Vieste do mundo humano!... Não te preocupes, eu sou o urso Doce de Mel. Já cá estou há quatro anos e vou ajudar-te a voltar para casa. Tens de ir pelo espelho da casa de banho que fica mesmo ao lado do quarto do Gonçalo, o irmão da Leonor. Por isso tem cuidado, porque ele pega nas bonecas da Leonor que encontra fora do quarto e leva-as.
- Leva-as para onde?
- Ninguém sabe! Nunca mais as voltamos a ver. – disse com tristeza.
- Então como é que vamos fazer?
   De repente, aproximaram-se outros peluches e um exército de soldadinhos de chumbo. E duas bonecas de trapos. Uma delas trazia uma folha na mão.
- Vamos lá preparar as coisas de que precisamos : uma tesoura e uma corda bem comprida.
   Em seguida, a boneca de trapo, que não tinha o papel, foi buscar as coisas enquanto o Doce de Mel explicava, mostrando-lhe a planta:
- Vamos atar-te a corda à cintura e levas a tesoura na mão. Se aparecer o Gonçalo gritas e nós puxamos-te, fechamos a porta do quarto e tentamos outra vez. Quando chegares à casa de banho, procuras o espelho e antes de entrares cortas a corda com a tesoura.
   Depois de preparada, desejaram-me boa sorte e a missão iniciou-se.
Um dos soldadinhos espreitava sentado na maçaneta da porta e eu avancei. Olhei em volta, o caminho parecia estar livre e continuei a avançar cautelosamente. De repente apareceu uma enorme bola de pelo. Era um gato gigante, de pelo cinzento, muito felpudo com ar mau e furioso. Então mantive a calma, segundo as instruções que me tinha dado, gritei para me puxarem e fui disparada. Fecharam a porta e descansei um pouco.
- Ufa! Felizmente puxaram-me a tempo. Não me tinham avisado que havia um gato gigante!
- Desculpa, o Sebastião quase nunca aqui aparece, mas quando aqui entra é um problema. Vamos lá tentar outra vez…
   De novo, tudo foi preparado e, claro, com todos os nervos à flor da pele, pacificamente, cheguei sem problemas à casa de banho. Agora só faltava chegar ao espelho. O espelho ficava por cima do lavatório. Por isso precisava de subir para o parapeito da banheira, baloiçar pelas toalhas e finalmente iria para casa. Lá consegui com muito esforço chegar à banheira e o momento chegou. Tinha que saltar para as toalhas, baloiçar nelas e saltar para o lavatório. Saltei, alcancei a toalha e, pegando nas suas duas pontas, balancei-me e saltei. Para meu espanto, tinha conseguido! E ali, em frente ao espelho, era agora ou nunca. Cortei a corda com a tesoura e toquei levemente no espelho, que logo deixou de refletir, e fui então levada e…e…estava em casa deitada na cama. Afinal, tudo aquilo havia sido apenas um sonho. Mas se realmente aquele mundo existisse ficaria apenas um segredo meu, e de certeza que eu iria lá voltar.
 Maria Beatriz, 7ºE



Após tanto tempo em busca de aventuras, finalmente tenho uma história incrível para um dia poder contar aos meus filhos. Hoje de manhã estava a pentear-me ao espelho, quando reparei que o vidro estava salpicado. Corri para o limpar. Enquanto o limpava, a minha mão entrou no espelho. Fiquei muito espantada, pois é muito raro passar por um espelho. Foi então que decidi entrar pelo espelho e viver uma aventura. Eu nem queria acreditar, estava num mundo totalmente diferente. O céu era roxo e o chão azul-marinho, as nuvens pareciam algodão doce e o Sol um rebuçado. Os habitantes eram pequeninos, alguns azuis, outros cor-de-rosa, outros verdes e ainda outros roxos. As meninas tinham um cabelo muito bonito, de cores invulgares, as crianças andavam à vontade.   
Pareceu-me ser um mundo sem crimes e cheio de justiça. Viviam sem preocupações. Eram extremamente simpáticos, uma das famílias ofereceu-se para me mostrar o mundo deles. Era um mundo simplesmente lindo, onde reinava a paz. Um dos habitantes convidou-me para beber um chá e eu aceitei. Passado pouco tempo e após ter bebido o chá, comecei a diminuir e fiquei do tamanho deles. Fui logo ao hospital daquele mundo, mas estava deserto. Andei pelo hospital até encontrar um dos monstrinhos, mas ele era diferente dos outros. Tinha o cabelo preto, a cor da sua pele era amarela e brilhava como o Sol do nosso mundo. Ele era médico, mas era um médico já um pouco velhote. Pelo que  me explicou, nenhum dos outros se interessava pela medicina. No fim da conversa, ele perguntou-me o que é que eu tinha ido ali fazer, e eu respondi que tinha começado a diminuir. Passado muito tempo, ele voltou a vir ter comigo. Trazia um frasco na mão, com um líquido cor-de-laranja. Achei estranho, mas ele disse-me que eu voltaria a ficar bem e do meu tamanho, como antes. Recomendou-me também que não aceitasse mais chás nem biscoitos. Quando saí à rua, era de noite, as estrelas brilhavam muito, viam-se muitos outros planetas em redor. Percebi que tinha de procurar o espelho e voltar para casa. Eles ficaram um pouco envergonhados, pois pensavam que eu me ia embora por não gostar do planeta deles. Eu expliquei-lhes que tinha adorado a minha aventura, mas  a minha mãe devia andar à minha procura e eu não queria deixá-la preocupada. Quando consegui voltar a casa, a minha mãe deu-me um sermão por ter desaparecido, mas valeu a pena.
Margarida Gomes, 7º F





          Uma noite, eu estava no meu quarto a ler um livro, quando ouvi um barulho estranho. Mas não liguei muito porque todas as noites ouvia aquele barulho. Sempre pensei que viesse dos vizinhos de cima. Então reparei que o espelho parecia um remoinho. Fui lá, toquei-lhe, e senti um vento muito forte que me puxava para lá do espelho. Eu, com curiosidade, entrei com os olhos fechados e quando dei por mim estava do outro lado do espelho.
            Aquilo que eu via era diferente do mundo em que eu vivia. Aquele mundo tinha um ar muito apetitoso, com casas feitas de bolachas de chocolate e carros de pastéis de nata. Estava sempre a nevar açúcar, a terra era chocolate em pó, a calçada eram barras de chocolate juntas, as pessoas (quer dizer, aquilo não eram pessoas normais) eram biscoitos com pernas, braços e cabeça, todos decorados com colares. Sapatos, saias, óculos de sol, …Havia alguns biscoitos masculinos vestidos com saias e eu fiquei admirado ao ver aquilo. Até que me lembrei que deviam ser escoceses. Alguns eram franceses, outros chineses de olhos em bico, outros até eram portugueses.
             Eu estava cheio de fome, vi um pastel de nata no fundo da rua,  fui lá, e, com a fome que tinha, não resisti e comi-o. Ouvi uns gritos, olhei para trás e era o dono daquele carro que eu tinha comido. Eu perguntei como  se chamava e ele disse que se chamava Bolachudo. Eu disse que lhe pagava outro carro, e lá fomos os dois. Quando cheguei ao stand de pastéis de nata, que se chamava Stand Nata, perguntei o preço e o dono do stand disse que eram 23 barras de chocolate branco e 72 biscoitos de mel. Eu respondi que não tinha esses doces. Então o dono do carro disse-me que se eu não pagasse ia para a prisão. Eu, como sou uma pessoa pacífica e sabia que sairia dali facilmente, disse para ele fazer o que quisesse.
          Ele levou-me para uma prisão feita de pastilhas elásticas cujas grades eram palitos de chocolate. De repente, vi um remoinho, e pensei onde ia parar daquela vez. Então entrei nele e fui parar ao meu quarto. Naquele preciso momento a minha mãe estava a chamar-me para ir jantar. Parece que demorei pouquíssimos minutos.
            E termina assim uma grande aventura.           
Miguel Santos, 7ºE


 Um dia, estava eu a dormir tranquilamente no meu quarto, quando acordei e vi um buraco enorme no espelho. Só pensei em ir ver o que estava dentro daquele buracão, mas, ao aproximar-me, fui repentinamente parar dentro dele.
 Não tinha bem a ideia de onde estava. Só sabia que estava num sítio confortável, suave e fresco. Ao levantar-me, senti-me nas nuvens. Por acaso até parecia estar mesmo nas nuvens. A única diferença é que o sítio onde eu estava era roxo.
            Ao dar uns passos em frente, vi uma espécie de um macaco. Aproximei-me dele e, como ainda estava meio tonto de tudo isto, cumprimentei-o, e, por mais estranho que pareça, o macaco respondeu-me. Confuso e sem saber o que fazer, perguntei-lhe onde é que eu estava e o macaco disse-me que estava na Arret, o paraíso de todos. Parecendo-me simpático, quis saber o nome dele. Respondeu-me que se chamava Balde. Curioso, perguntei-lhe o porquê desse nome. Então o Balde explicou-me que na Arret todas as pessoas nasciam com uma espécie de tatuagem. A dele era um balde, a da sua mãe era uma galinha, a do seu pai um vaso…
            Para saber mais sobre a Arret, perguntei se havia alguma guerra ou crise lá por perto. Admirado, o Balde perguntou o que queria isso dizer. Eu percebi logo que aquele sítio era perfeito. Só que notei que faltava lá alguma coisa: um pouco de amor e carinho. Percebi que, apesar de tudo, aquele mundo não era assim tão bom. Sem amor e carinho ninguém pode estar totalmente feliz.
            Então perguntei sobre a ciência, para arranjar maneira de voltar a casa. O Balde respondeu que estava muito avançada. Disse-lhe que queria voltar para casa e ele levou-me até um laboratório. O dono desse laboratório chamava-se Calculadora e, percebendo logo os meus motivos, transportou-me para casa.
 Em casa já não havia o buraco no espelho. Fui de imediato abraçar a minha mãe e ela de seguida deu-me o carinho tão desejado e reconfortante. Se eu ficasse na Arret nunca mais teria este carinho.
David Cruz. 7ºD
 

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